Toda mãe tenta fazer o melhor pelo filho: quer que ele se torne um adulto feliz e bem-sucedido. As intenções são as melhores, mas, de vez em quando - e sem perceber -, muitas mulheres têm atitudes que podem comprometer esse futuro.
Um exemplo disso são os jovens envolvidos em roubos ou tráfico de drogas. "As mães amam os filhos, dão tudo o que eles pedem e eles crescem achando que podem tudo", explica Flávia Teixeira, promotora de justiça da infância. A psicoterapeuta Teresa Bonumá explica quais os erros mais comuns na educação e como você pode evitá-los. Confira:
1. Proteger demais
O hábito: encher a criança de brinquedos, deixar de punir a desobediência e, quando há conflito com os professores, sempre intervir ao favor dele.
A intenção: impedir que ele sofra com a rejeição ou a frustração de não ter o que quer ou não fazer o que gosta.
O problema: uma criança que tem tudo o que deseja e nunca é punida pode se tornar um adulto que se considera acima da lei.
A solução: aprenda a dizer "não" com firmeza (e explicar o motivo) sempre que for preciso.
(Sempre acreditei que a criança precisa entender a palavra "não" e ter respeito, principalmente respeito com os outros e seus pais... Caso contrário... Ixi)
2. Não se entender com o pai da criança
O hábito: brigar com o pai ou falar mal dele na frente do filho e mudar instruções que ele tenha dado.
A intenção: fazer prevalecerem seus métodos, já que o pai não consegue educar direito.
O problema: quando ele percebe que os pais não se entendem, fica inseguro. Isso dificulta a tomada de decisões na vida adulta.
A solução: se você e seu marido discordarem, cheguem a um acordo ou deixem para brigar quando a criança estiver longe.
(Sou filha de pais separados, quando tinha 2 aninhos ouve a separação... Idependente do erros dos dois, quem errou mais ou menos fiquei com minha mãe... E ela sim, foi guerreira, me criou com limites, amor, dedicação, e NUNCA nos colocou contra nosso pai, por mais que não suportasse ele, do que ele havia feito para ela no passado ela sempre dizia que era nosso pai, e que precisavamos respeitar ele, aceitar quem ele era e como ele era... Conforme o tempo passou podemos nós mesmo conhecer nosso pai e tirar as nossas conclusões...)
3. Prometer e não cumprir
O hábito: prometer mundos e fundos caso seu filho passe de ano quando você não tem como cumprir a promessa.
A intenção: estimulá-lo a fazer algo, acreditando que esquecerá o prêmio depois.
O problema: as crianças não só não esquecem promessas como ainda criam expectativas.
A solução: só faça promessas que você seja capaz de cumprir, e anote-as para não se esquecer delas mais tarde.
4. Liberar geral
O hábito: deixar que o filho pinte e borde dentro (e fora) de casa, sem supervisão.
A intenção: fazer com que os momentos juntos sejam sempre agradáveis.
O problema: a falta de limites costuma trazer problemas sérios tanto na escola quanto no trabalho.
A solução: determine um espaço para "fazer bagunça" e deixe claros os limites do que é permitido fazer.
(Ficam crianças insuportáveis para os outros, e os pais ainda acham lindo... Isso me irrita... Minha mãe trabalhava de manhã, a tarde e a noite estudava, nunca estava em casa, mas mesmo assim educou nós com exemplos e muita dedicação... Criou 3 filhos sozinha e os 3 sempre a deram orgulho... Sinto hoje, que a maioria das mulheres acham que ter filhos é só um sonho e esquecem que essa criança tem a vida dela... Ou pior, engravidam sem planejamento nenhum e deixam a cria aos cuidados dos outros, daí eu prgunto, pq vc teve esse filho para os outros criarem?)
5. Ser rígida demais
O hábito: exigir que seu filho seja o melhor em tudo, elogiá-lo pouco e enchê-lo de críticas e de "nãos".
A intenção: transformá-lo em um adulto de caráter.
O problema: ele pode crescer revoltado e agressivo. Além disso, quando tudo é negado, o jovem acaba fazendo coisas às escondidas.
A solução: elogie os acertos com a consciência de que nem sempre ele será o melhor. E, sempre que puder, negocie, em vez de dizer "não" logo de cara.
(Preciso cuidar para não agir assim...)
6. Acelerar o aprendizado
O hábito: querer que a criança seja alfabetizada antes dos 6 anos.
A intenção: adiantar o filho, para que ele seja um vencedor na vida.
O problema: o cérebro tem seu tempo, não adianta forçar. Isso faz o pequeno se sentir "burro" e atrasado, o que baixa sua autoestima.
A solução: seu filho entrou no pré-primário adiantado? "Deixe-o repetir", sugere Teresa Bonumá. Ele não precisa aprender a ler antes.
(Eu com 5 anos era alfabetizada já,na época achava hiper chato ir para escola aprender o que já sabia rs)
7. Obrigar a comer
O hábito: forçá-lo a ingerir algo que não quer ou fazer chantagem para que coma.
A intenção: contribuir para que seu filho cresça forte e saudável.
O problema: a criança passa a associar comida a punição, o primeiro passo para ter transtornos alimentares no futuro.
A solução: Identifique o que a criança gosta e seja criativa. Ele só come arroz? Experimente incrementá-lo com cenoura e beterraba. Há milhares de ingredientes gostosos e saudáveis!
(Preciso cuidar para ele não ser gordinho!)
Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/familia/reportagem/filhos/7-pecados-capitais-educacao-677266.shtml